
Coronavírus
Dez por cento da população na Paraíba já teve contato com Coronavírus
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Por: Marina Cabral
O inquérito da Secretaria de Estado de Saúde da Paraíba (SES-PB) apontou que 10% da população já teve contato com o novo coronavírus. O relatório foi feito para conhecer o cenário epidemiológico da Covid-19 no Estado. A estimativa vem dos testes realizados nas pessoas entrevistadas, nas quais foi identificado o anticorpo IgG. Ao todo, 130 municípios participaram da investigação.
De acordo com a investigação, a 1ª Macrorregião de Saúde, sem João Pessoa, tem a maior ocorrência de casos de Covid-19, com 15,2%. Enquanto a Grande João Pessoa aparece com 13,3%, seguida da 3ª Macro, com 7,1% e da 2ª Macro, com 4,7%.
Para as estimativas segundo a variável sexo, a pesquisa aponta que 8,7% da população de homens e 11,2% da população de mulheres apresentam IgG positivo.
De acordo com o secretário executivo da Saúde, Daniel Beltrammi, esse dado mostra que a classe média ficou muito mais tempo exposta ao vírus do que as classes menos favorecidas. “Houve um hiato entre março e maio marcado pela classe média predominando nas infecções, enquanto a periferização do vírus avançava. Mesmo assim, quando analisamos a faixa de renda até mil reais, a velocidade de periferização e contágio foi tão maior que ela praticamente recuperou a mesma carga de doença com maior velocidade”, pontua.
Crianças tiveram mais contato com o Coronavírus
Sobre a variável idade, o inquérito aponta que a maior prevalência do vírus é entre o grupo de pessoas com faixa etária entre zero e 11 anos, que aparece com 16,40%.
A segunda maior prevalência de casos está na faixa etária entre 50 e 59 anos, com 10,7%, seguida do grupo de pessoas de 60 anos ou mais, com 9,8%. Para o secretário executivo, a dependência da mãe, ou de um adulto, criou uma porta aberta para o vírus.
“À medida que a criança vai crescendo, ganhando mais autonomia, se tornando mais independente e se cuidando mais, ela fica menos exposta. Aqui fica o questionamento do que poderia ter acontecido com essa prevalência se as creches, escolas e instituições de ensino no geral não tivessem suas atividades presenciais suspensas. A gente teria construído algo em torno de 30% de prevalência média”, reflete o secretário-executivo.