Gerenciamento de riscos no setor de saúde

Por: Marina Cabral

Para a melhoria e o aprimoramento dos negócios necessário se faz o conhecê-lo profundamente. Semanalmente em nossa coluna, trazemos a importância e a necessidade de, além das atividades desenvolvidas pela instituição de saúde, compreender e analisar os riscos específicos é uma questão essencial.

Podemos afirmar que todas as atividades possuem risco ou que o risco é inerente aos negócios. A adequada execução de uma análise de riscos proporciona ao gestor de saúde uma ferramenta importantíssima de suporte no processo decisório e deve ser feita de forma particularizada.

Assim como não existem dois indivíduos iguais, cada organização é um ente único. O processo de análise e detecção dos riscos é um ponto primordial para uma tomada de decisão baseada nas melhores práticas e até por isso, é um dos pilares para implementação do setor de compliance.

Diante de suas inúmeras atividades, das mais simples as mais complexas, o setor de saúde é um ambiente que envolve uma série de riscos e possui   questões muito específicas. Em virtude da abrangência do setor, os riscos nele envolvidos são diversos e devem ser relacionados de forma periódica.

A avaliação de risco deve se dar de forma ampla, englobando todos os aspectos negativos que permeiam a organização de saúde, devendo ser escalonados. Com a análise de risco elaborada, impactos detectados e a probabilidade de sua ocorrência, o papel do gestor é fundamental para definir o “apetite” da organização, devendo se basear nos elementos encontrados na análise.

Essa análise do apetite ao risco é indispensável, visto que, é através disso que a organização decidirá ou não o assumir. Uma vez assumindo, ela estará visando a recompensa que o mesmo pode trazer e que poderá viabilizar a conquista de seus objetivos. Tratamos sobre isso em um post anterior ao falarmos sobre Apetite e Tolerância ao Risco.

A definição do “apetite” da organização pode viabilizar a expansão da atividade e principalmente, a perenidade do negócio.

Muito mais que seguir regras, compliance também é conhecer seus riscos e ao conhecê-los, melhorar processos e procedimentos já que, somente podemos melhorar aquilo que conhecemos.

Construir o setor de saúde de forma mais ética, atual e empresarial é uma necessidade e para que isto se torne realidade e faça diferença no seu negócio, é necessário aprimorar e investir. O compliance cabe em qualquer lugar e a prevenção, é a maneira mais inteligente de diminuir e cortar custos.

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*Carolina Marques e Kátia Suassuna são Advogadas, Consultoras no Em Conformidade Consultoria e Treinamentos em Compliance, Especialistas em Compliance e Certificadas em HealthCare Compliance pelo Instituto ARC.